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luto não tem prazo de validade. Ele não segue calendário, nem obedece às expectativas alheias. É um processo íntimo, único, e profundamente humano. Respeitar seu tempo de perda é mais do que um ato de cuidado — é reconhecer que cada despedida precisa ser sentida para, aos poucos, ser elaborada.
Vivemos em uma sociedade apressada, que cobra produtividade e “voltar ao normal” rapidamente. Mas a verdade é que o luto não é um obstáculo para superar, e sim um caminho que precisa ser percorrido com paciência. Forçar passos antes da hora pode fazer a dor se esconder apenas para reaparecer mais tarde.
O tempo é parte da cura.
O luto ensina que sentir dói, mas também mostra que o coração tem sua própria sabedoria para se recompor. E essa sabedoria não se apressa. Alguns dias serão mais pesados, outros mais leves — e isso é natural.
Sentir não é fraqueza.
Permitir-se chorar, lembrar e até se recolher por um tempo é uma forma de honrar o que foi perdido. Cada lágrima é parte da costura invisível que, um dia, vai tornar a ferida menos dolorosa.
O respeito começa em você.
Mais importante do que atender às expectativas externas é ouvir o próprio corpo e coração. O seu tempo é o tempo certo.
Respeitar o seu luto é respeitar a si mesmo.
E, mesmo que agora pareça impossível, há vida depois da perda — uma vida que se reconstrói, passo a passo, no seu ritmo.
