R
ecomeçar não é apagar a história. Não é fingir que nada aconteceu ou enterrar lembranças como se elas nunca tivessem existido. Recomeçar é olhar para o que foi, reconhecer o que doeu e, ainda assim, decidir seguir adiante.
Esquecer é tentar deixar para trás até as lições. É virar as costas para o passado na esperança de que ele desapareça. Mas a verdade é que aquilo que tentamos apagar continua vivendo em nós — às vezes silencioso, às vezes gritando.
Recomeçar é construir sobre o que já foi.
É pegar as cicatrizes e transformá-las em marcas de aprendizado. É aceitar que as experiências, boas ou ruins, fazem parte de quem somos.
Esquecer é negar a própria história.
Quando fingimos que nada aconteceu, deixamos de compreender o quanto crescemos. O passado, por mais doloroso que seja, também carrega pistas sobre a nossa força.
O peso e a leveza.
Recomeçar pode ser pesado no início, porque exige encarar o que foi. Mas, com o tempo, se torna mais leve, pois libera o coração da luta contra algo que não pode ser mudado. Esquecer, por outro lado, parece leve no começo, mas mantém um peso oculto que sempre encontra uma forma de voltar.
A diferença está na escolha: esquecer é fugir; recomeçar é transformar.
E é na transformação que a vida encontra um novo sentido.
